Está procurando algo?

domingo, 16 de setembro de 2007

TRAGÉDIA - Bebê morre enquanto dormia

Família está abalada com a perda do primeiro filho do casal Leandro e Roseli, que no dia 04 completaria dois meses de vida

Araranguá – Desolação. Esta é a descrição da cena da chegada da reportagem do Correio do Sul à residência onde estava sendo velado, na tarde de ontem, o bebê de um mês e 27 dias, José Iohan Pedroso Vieira, no bairro Barranca.

Na varanda, em frente da casa simples, o pai da criança, Leandro Mota Vieira, 16 e a esposa, Roseli Gonçalves Pedroso, 16, choravam a perda do primeiro filho, no casamento que já dura um ano. Segundo a mãe, o bebê que nasceu de parto normal, pesando 2,6 quilos e medindo 47 centímetros, nunca teria apresentado nenhum problema de saúde. Ela conta: “Troquei a fralda dele durante a madrugada, estava tudo bem. Ás seis horas, quando meu marido levantou para trabalhar, vimos que ele estava roxinho e não tinha reação.”, chora. Mesmo assim, a família pegou o pequeno José Iohan, e levou até o Corpo de Bombeiros, que garante que a criança já teria chegado morta ao local.

No laudo médico expedido pelo IML – Instituto Médico Legal de Araranguá, a causa mortis é desconhecida. A tia de Leandro, Elisabete da Silva, explica: “Quiseram fazer a autópsia, mas não permitimos, pra que abrir a criança? Se tinha alguma doença, que fosse examinado enquanto estava viva, agora não adianta mais”, desabafou.

Criança parecia dormir no caixão, e abalou profundamente a repórter do Correio do Sul, que chorou com os pais a perda repentina da criança

Para os pais, a única explicação do mal súbito pode estar na genética: os avós de ambos têm problemas cardíacos, e o bisavô do Leandro morreu de ataque cardíaco. Mesmo assim, eles afirmam que em nenhum momento o obstetra ou o pediatra questionaram a presença do problema familiar, e nem fizeram exames para investigar qualquer problema no coração do bebê: “Sempre me disseram que meu filho era saudável, e sempre acreditei, porque era uma criança muito esperta, sempre sorrindo”, diz a mãe, que está inconsolável.

No caixão, a criança parecia dormir. No rosto, nenhum sinal do sofrimento que pode ter passado. Hoje, às 10 h, a família se despede do filho único do casal, no cemitério novo. O casal não se conforma: “Como uma coisa dessas foi acontecer?”, perguntam.


Casal chora ao lado da bisavó do bebê, que diz que criança era esperta e muito risonha

Esta não é a única história trágica de bebês mortos na família: há três meses, a nora de Elisabete foi ao hospital com contrações, e apesar de estar no prazo de nascimento da criança, foi diagnosticada e tratada como cólica renal. A criança – uma menina – nasceu com duas voltas do cordão umbilical enroladas no pescoço, e sobreviveu por apenas sete minutos.


Nenhum comentário: