Está procurando algo?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Ano letivo pode ficar comprometido em Araranguá

Comissão da educação da rede pública municipal elaborou documento com quatro reivindicações, e teve apoio do Sindicato.

Araranguá – O ano letivo de 2010 pode estar comprometido, segundo documento assinado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público e presidente da Comissão Municipal de Educação de Araranguá, Claudeci Vieira, o Cláudio. O documento, que apresenta quatro condições a serem avaliadas pela administração municipal, listadas pelos oito integrantes da Comissão de Educação juntamente com o presidente do Sindicato, foi protocolado na prefeitura e na Secretaria municipal de Educação nesta sexta-feira, 08. Os itens são resultado de uma assembleia realizada no final de dezembro com os 210 professores e 70 auxiliares de ensino efetivos do município, que ameaçam não iniciar o ano letivo caso as reivindicações da categoria não forem resolvidas pelo paço.

Eles querem a elaboração de plano de carreira dos profissionais de educação, garantia dos auxiliares de ensino ao piso nacional do magistério, incorporação do abono já existente a professores e auxiliares e a descriminação na folha de pagamento de forma clara as vantagens e direitos adquiridos, constando a graduação, especialização, mestrado, doutorado, tempo de serviço e curso de aperfeiçoamento.

Segundo o secretário de Educação do município, Alexandre Rocha, os professores fazem seu papel no momento em que elaboram a pauta de reivindicações, que segundo ele, é própria para negociações: “Eles sabem que há coisas ali que não serão concedidas”, diz o secretário, que afirma que alguns itens estão superados, como o plano de carreira, que segundo ele, já está elaborado: “Trabalhamos 2009 com esse plano, são 130 artigos, e parte já está aprovada, esbarrando apenas em questões da tabela”, explica. Segundo ele, os professores da rede municipal são, no Estado, os que recebem o maior percentual pela regência de classe, 50% do piso: “É um caso raro. Em Sombrio, por exemplo, a regência é de 20% do piso”, afirma. Somado a regência de 50% mais o piso do graduado em R$ 935,00 mais o abono de R$ 285,00, um professor graduado da rede municipal recebe hoje cerca de R$ 1.600,00, o que para ele é considerado um bom salário. O secretário afirma que outra coisa peculiar nos professores da rede é que eles são contratados em regime CLT, o que significa que para cada Real pago pelo governo, é preciso descontar 8% para o FGTS: “Qualquer aumento cria um grande impacto na folha da prefeitura”, diz.

Segundo Alex, a prefeitura já se reuniu com a Comissão e o Sindicato, onde já foram alinhavadas algumas decisões, entre elas a manutenção da regência a 50% e a extinção do abono. Ele diz que uma nova reunião deve acontecer essa semana, para os acordos sejam firmados, afim de não prejudicar o início do ano letivo em Araranguá: “Não queremos trabalhar com hostilidade. Pressão não resolve nada. Temos que dialogar”, finaliza.

Nenhum comentário: