Está procurando algo?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Jet Skys são problema para banhistas

Marinha foi chamada para conter pilotos do equipamento, que não respeitam limites e arriscam a vida de banhistas na orla.


Região – Sempre que chega o verão, problemas referentes a falta de limite de alguns usuários de Jet-skys vem a tona, e tiram o sossego de banhistas e outros usuários das embarcações de esportes de recreio, como lanchas, barcos e outros Jet skys.

O problema é grave, tanto que preocupa o comandante do Corpo de Bombeiros de Araranguá, Capitão Gustavo Campos, que neste sábado, precisou substituir os homens da Marinha do Brasil para atender uma ocorrência diante do Restaurante Orizon, no Morro dos Conventos, onde cinco pilotos de Jet-sky desobedeciam os limites previstos em lei e invadiam a área dos banhistas. Na semana passada, dois Jet skys foram apreendidos e levados para o quartel do CB, já que nem os pilotos nem os veículos possuíam documentos. Esse não foi o caso dos cinco Jet-skys deste sábado, já que todos possuíam a documentação obrigatória. Segundo o comandante, os pilotos com habilitação para trafegar com o equipamento passam por um curso antes de receber a habilitação, e devem conhecer as regras. Mesmo assim, nos verões, elas são extrapoladas: “Tivemos que acionar a Marinha do Brasil para efetuar a fiscalização, já que as ocorrências são muitas”, afirma.

Neste domingo, uma viatura da Marinha do Brasil fez vistorias e rondas pelas praias de Morro dos Conventos e Arroio do Silva. O objetivo, segundo o Sargento Cavalcanti, é coibir os excessos por parte dos praticantes do Jet-sky. Ele passou boa parte do dia de ontem fiscalizando as embarcações de recreio e instruindo os pilotos. A ação, segundo ele, deve se repetir por diversas vezes durante toda a temporada.

Para o Capitão de Corveta da Marinha do Brasil, André Luiz dos Santos e Silva, que atua em Laguna, a fiscalização é complicada, já que sua área compreende municípios praianos muito populosos no verão, como Passo de Torres, Araranguá, Arroio do Silva, Lagoa dos Esteves, Içara, Laguna e Garopaba. O comandante da Marinha explica que as regras para o tráfego das embarcações de lazer estão previstas na Norma de Autoridade Marítima nº 3, que determina que nenhum Jet-sky poderá trafegar a menos de 200 metros de distância das áreas onde ficam os banhistas. Em canais movimentados, a velocidade do equipamento não pode ser superior a seis nós, ou seja, 12Km/h. Sempre que a embarcação for recolhida, deve ser feita de forma perpendicular, nunca a mais que 6 Km/h. O comandante da Marinha lembra também que todo piloto de Jet Sky deve estar habilitado, assim como o equipamento deve ter a documentação exigida por Lei: “Nosso foco é a segurança da navegação, salvaguardando vidas, por isso, intensificamos a fiscalização durante a Operação Verão, que para nós, vai de 19 de dezembro a 07 de março”, explica o comandante, que diz que graças a esse trabalho, na temporada passada não foi registrado nenhum acidente envolvendo Jet-skys, o que vem se repetindo também nesse verão.

Redes de pesca e tráfego de veículos também são problema

Outro problema que vem tirando o sono do comandante do Corpo de Bombeiros de Araranguá são as redes de pesca fixas, que vem causando acidentes entre banhistas e motociclistas. Segundo o comandante Gustavo, estão sendo registrados muitos problemas com as redes nas áreas de banho, o que causou uma reação por parte das autoridades: nessa semana, o Corpo de Bombeiros termina um trabalho de delimitação das áreas de banho da região, que será encaminhado para a Polícia Militar, que deve criar uma Portaria coibindo essa atitude. Aos que desrespeitarem as regras, a pena é de apreensão da rede de pesca e multa.

Também o grande fluxo de veículos na orla tem preocupado as autoridades, que esta semana devem se reunir para resolver o assunto. A fiscalização é de responsabilidade da Polícia Militar, mas são os municípios quem precisam sinalizar as áreas onde o tráfego é proibido.

Homem morre carbonizado em Araranguá

Incêndio de graves proporções matou morador da Divinéia de 51 anos. Bombeiros gastaram dois mil litros de água para apagar as chamas, mas era tarde demais.


Araranguá – O início da madrugada de domingo foi de susto e tragédia para os moradores da rua Salvaro Paladini, na Divinéia, em Araranguá.

Por volta da 1h10, os homens do Corpo de Bombeiros foram chamados para apagar o fogo de uma residência em madeira de 60m2. Os focos se concentravam principalmente na sala, onde os bombeiros encontraram um homem sentado numa poltrona, ambos completamente carbonizados. O corpo era do único morador da casa, Jorge Tadeu Rossi, 51, que faleceu no local.

Segundo testemunhas, o motivo do incêndio que destruiu toda a sala e tirou a vida do morador pode ter sido o fato de que Jorge era alcoólatra, e assim como a maior parte dos dias, teria chegado embriagado em casa: “Provavelmente ele acendeu um cigarro e adormeceu”, disse um dos vizinhos, que não quis se identificar. Ele relatou a reportagem do Correio do Sul que o fogo, que consumiu dois mil litros de água durante o combate, foi muito rápido: “Só deu tempo de um outro vizinho tirar a moto da garagem, e mais nada”, disse.

A perícia esteve no local, e avaliou as causas do incêndio, mas o laudo só deve sair em 40 dias.

Moeda falsa circula no Arroio

Proprietário de um clube diz que recebeu nota de R$ 20,00 na portaria, e que essa é a terceira vez que recebe notas adulteradas.


Balneário Arroio do Silva – O grande número de turistas e veranistas no Arroio está facilitando a circulação de notas falsas no comércio do maior balneário do Vale. Na última semana, o comerciante S.M.S., 47, procurou a polícia para relatar que nessa temporada, arrendou um famoso clube no Arroio, e desde então, recebeu três notas adulteradas na portaria do clube. Nos três casos, ele só percebeu a fraude após o expediente, e por isso, não consegue identificar os repassadores.

Na última vez, ele recebeu uma nota grosseiramente falsificada de R$ 20,00. A polícia alerta para o fato de que identificar uma moeda adulterada não é assim tão difícil: basta paciência e um pouco de atenção. Siga as dicas:


Cédulas Suspeitas de Falsificação - Como Agir:

Quando você receber uma cédula veja sempre os principais elementos de segurança: a marca d'água, a imagem latente e o registro coincidente. Verifique também o relevo e a textura do papel.

A maioria das cédulas falsas não possui marca d'água. O fato do papel ser verdadeiro, porém, não garante que a cédula seja autêntica. Parte das falsificações do Real são obtidas a partir da lavagem de cédulas de menor valor.

Importante
As notas falsas não são trocadas pelo Banco Central ou pelo Governo. O Banco Central apenas examina se elas são verdadeiras ou não. O dinheiro suspeito pode ser apresentado, para exame, diretamente no Banco Central ou por intermédio dos bancos.

Crime
A falsificação é crime previsto pelo artigo 289 do Código Penal, com pena prevista de 3 a 12 anos de prisão. Quem tentar colocar uma cédula falsa em circulação depois de tomar conhecimento de sua falsidade, mesmo que a tenha recebido de boa fé, pode ser condenado a uma pena de 6 meses a 2 anos de detenção.

Como proceder no caso de receber uma cédula suspeita:

a) de um terminal de auto-atendimento ou caixa eletrônico:

  • dentro de uma agência bancária e durante o expediente - neste caso é indispensável retirar um extrato que comprove o saque, preferencialmente no mesmo terminal, e encaminhar-se ao gerente da agência para pedir providências. Se não obtiver solução satisfatória com o gerente do banco o cidadão deve procurar uma delegacia policial mais próxima (Civil ou Federal) para registrar uma possível ocorrência.
  • fora de uma agência ou do horário do expediente bancário - o cidadão deve retirar um extrato que comprove o saque, preferencialmente no mesmo terminal, e procurar em seguida uma delegacia policial mais próxima (Civil ou Federal) para registrar uma possível ocorrência. Na primeira oportunidade, dirigir-se ao gerente de sua agência bancária para pedir providências.

b) numa transação do dia-a-dia:
Caso tentem lhe passar uma cédula ou moeda que, após observação dos elementos de segurança e/ou comparação com uma cédula legítima apresente sinais evidentes de que pode se tratar de uma falsificação, é um direito do cidadão recusar o recebimento da mesma. É fundamental sempre recomendar ao dono do exemplar suspeito que procure uma agência bancária ou uma representação do Banco Central do Brasil para solicitar o exame do referido exemplar.


Fonte: http://www.bcb.gov.br/?CEDSUSP

Ilustrações: http://www.bcb.gov.br/htms/Mecir/seguranca/roteiro.asp?idpai=cedsusp#Marca_Dagua

Assalto na orla marítima do Arroio

Paranaense dormia na beira da praia quando foi abordado por dois homens, que levaram seus pertences.

Balneário Arroio do Silva – Mesmo existindo uma cartilha explicando atitudes preventivas contra ataque de ladrões no Balneário, um paranaense foi vítima de assalto na orla marítima do Balneário enquanto dormia na beira da praia.

Segundo a polícia, o professor de 27 anos morador de Cascavel, no Paraná, dormia na praia quando foi abordado por dois homens de 26 anos. Os dois não estavam armados, mas tiraram a força do turista um vidro de perfume, um óculos, um desodorante e um celular Fouston. Segundo a vítima, ele tentou se defender do assalto, mas acabou sendo empurrado pelos ladrões, que já foram identificados e encaminhados ao Presídio Regional de Araranguá.

Cartilha – Não é novidade para ninguém: nos meses de verão, as ocorrências envolvendo furto e roubo nas praias triplica com relação aos meses de baixa temporada. Para a polícia, simples ações preventivas podem evitar que a próxima vítima seja você. Pensando nisso, o delegado Diego Archer de Haro, quando responsável pela DP do Arroio, elaborou uma cartilha que alerta moradores e veranistas sobre a responsabilidade de todos na segurança pública. O material, que foi elaborado com partes do Manual do Sortudo, distribuído pela SSP, agrega situações específicas referentes ao Arroio, e é distribuído em escolas, estabelecimentos comerciais, junto com o carnê do IPTU e na própria delegacia.

Confira algumas dicas:

- Evite andar sozinho e até mesmo acompanhado na beira da praia durante a noite. A ocasião faz o ladrão;

-Escolha seus trajetos evitando locais onde há risco de assalto, como ruas desertas e mal iluminadas;

- Informe um parente ou amigo onde está indo e a que horas pretende voltar;

- Separe o dinheiro para pequenas despesas como ônibus e pequenos lanches do montante, para não chamar a atenção de ladrões;

- Evite andar com as duas mãos ocupadas por sacolas e outros objetos;

- Marque encontros com namorados e amigos em locais seguros;

- Saídas de lojas, bancos, lotéricas são alvo para ladrões. Evite, e se não for possível, fique atento;

Homem desaparecido no Arroio é encontrado em Araranguá

Casal que cuida do idoso estranhou quando foram chamar para o café e não o encontraram na cama. Apesar do susto, ele voltou para casa.


Balneário Arroio do Silva – Quatro dias de muita angústia para o casal que cuida do aposentado Donato Martinho Botelho, 77 chegaram ao fim na tarde desta sexta-feira, 08.

Tudo começou na manhã de terça-feira, 05, quando C.L.C, 48, que cuida do idoso em Areias Brancas, balneário Arroio do Silva, foi chamar o homem para tomar o café da manhã, e não o encontrou na cama, como era de costume. Ao questionar sua esposa, ele recebeu como resposta que o idoso teria saído para trabalhar – fato que estranhou bastante, já que Donato não tem condições físicas para o trabalho.

Depois de procurar pelo desaparecido durante toda a manhã, a família foi até a delegacia do Arroio e registrou a ocorrência. Durante os quatro dias em que Donato esteve sumido, a família e a polícia procuraram pelo homem, sem sucesso. Na sexta-feira, Donato foi localizado em Araranguá: “Estamos aliviados. Ele goza de boa saúde, e passa bem. Foi só um susto”, finalizou o homem que continuará cuidando do idoso no Arroio.

Ano letivo pode ficar comprometido em Araranguá

Comissão da educação da rede pública municipal elaborou documento com quatro reivindicações, e teve apoio do Sindicato.

Araranguá – O ano letivo de 2010 pode estar comprometido, segundo documento assinado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público e presidente da Comissão Municipal de Educação de Araranguá, Claudeci Vieira, o Cláudio. O documento, que apresenta quatro condições a serem avaliadas pela administração municipal, listadas pelos oito integrantes da Comissão de Educação juntamente com o presidente do Sindicato, foi protocolado na prefeitura e na Secretaria municipal de Educação nesta sexta-feira, 08. Os itens são resultado de uma assembleia realizada no final de dezembro com os 210 professores e 70 auxiliares de ensino efetivos do município, que ameaçam não iniciar o ano letivo caso as reivindicações da categoria não forem resolvidas pelo paço.

Eles querem a elaboração de plano de carreira dos profissionais de educação, garantia dos auxiliares de ensino ao piso nacional do magistério, incorporação do abono já existente a professores e auxiliares e a descriminação na folha de pagamento de forma clara as vantagens e direitos adquiridos, constando a graduação, especialização, mestrado, doutorado, tempo de serviço e curso de aperfeiçoamento.

Segundo o secretário de Educação do município, Alexandre Rocha, os professores fazem seu papel no momento em que elaboram a pauta de reivindicações, que segundo ele, é própria para negociações: “Eles sabem que há coisas ali que não serão concedidas”, diz o secretário, que afirma que alguns itens estão superados, como o plano de carreira, que segundo ele, já está elaborado: “Trabalhamos 2009 com esse plano, são 130 artigos, e parte já está aprovada, esbarrando apenas em questões da tabela”, explica. Segundo ele, os professores da rede municipal são, no Estado, os que recebem o maior percentual pela regência de classe, 50% do piso: “É um caso raro. Em Sombrio, por exemplo, a regência é de 20% do piso”, afirma. Somado a regência de 50% mais o piso do graduado em R$ 935,00 mais o abono de R$ 285,00, um professor graduado da rede municipal recebe hoje cerca de R$ 1.600,00, o que para ele é considerado um bom salário. O secretário afirma que outra coisa peculiar nos professores da rede é que eles são contratados em regime CLT, o que significa que para cada Real pago pelo governo, é preciso descontar 8% para o FGTS: “Qualquer aumento cria um grande impacto na folha da prefeitura”, diz.

Segundo Alex, a prefeitura já se reuniu com a Comissão e o Sindicato, onde já foram alinhavadas algumas decisões, entre elas a manutenção da regência a 50% e a extinção do abono. Ele diz que uma nova reunião deve acontecer essa semana, para os acordos sejam firmados, afim de não prejudicar o início do ano letivo em Araranguá: “Não queremos trabalhar com hostilidade. Pressão não resolve nada. Temos que dialogar”, finaliza.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Homem diz que apanhou da PM por um mal entendido

Ele fez negócio com uma moto usada durante um assalto, e por isso, diz que teve casa invadida e apanhou na frente das crianças.

Araranguá – Um mal entendido resultou em lesões corporais no morador do Mato Alto, Gilmar de Campos. Tudo começou na madrugada desta segunda-feira, 04, quando Gilmar negociou a moto Honda com um homem, que usou o veículo para assaltar um posto de gasolina. No mesmo dia, o ladrão desfez o negócio, e a moto voltou para a garagem da casa de Gilmar.
Acontece que a Polícia Militar localizou o veículo, e abordou o proprietário. Segundo o delegado Jorge Giraldi, Gilmar contou que os policiais militares invadiram a residência, e bateram na vítima diante da esposa e dos filhos. Ao chegar na delegacia, o homem contou a versão para o delegado, que encaminhou Gilmar ao Hospital Regional de Araranguá e solicitou o exame de corpo de delito.
Segundo o coordenador da Central de Polícia, ontem, um dos participantes do assalto a um posto de gasolina ocorrido no dia 03 já confessou o crime. Ele apontou um comparsa, que também participou de outro assalto, num posto em Sanga da Areia, onde usou um outro comparsa. Hoje, o delegado promete esclarecer ambos os crimes.

Fernanda Guidi
Jornal Correio do Sul
(48) 9627-9666

Polícia flagra placa clonada em Araranguá

Proprietário de moto criciumense ficou desconfiado quando recebeu multas em Araranguá, e comunicou fato a polícia, que localizou veículo adulterado.

Araranguá/Criciúma Há pouco mais de dois meses, um morador de Criciúma procurou a 1ª Delegacia de Polícia de Araranguá por estar desconfiado de três correspondências que havia recebido do Detran: as três multas expedidas pelo órgão de trânsito davam conta de que o motorista teria cometido infrações com sua Honda C-100 Biz na cidade de Araranguá. A certeza do motorista de que alguma coisa estava errada era, segundo ele, o fato de que raramente vinha para Araranguá, e que nenhuma vez esteve na cidade com a motoca.

O serviço de investigação da 1ª DP foi acionado, e acabou solucionando o mistério: no Lagoão, o pedreiro C.P. mantinha uma moto com características muito similares à original, e portava também a documentação. Além da placa – MBQ – 7759 - a moto trazia ainda os números do chassi e do motor adulterados.

Para a polícia, o portador da moto clonada contou que adquiriu o veículo em Criciúma, onde trabalha: “É muito provável que ele também tenha sido uma vítima”, disse o policial civil Patrick, que alerta que caso o morador de Araranguá tivesse levado a motocicleta para a vistoria, conheceria a verdadeira situação do veículo e evitaria maiores problemas. Mesmo alegando inocência, ele será citado como receptador culposo – quando não há a intenção de praticar o ilícito - e pode ter que responder pela compra da moto adulterada na Justiça.

Fernanda Guidi - Jornal Correio do Sul

msn: fernandaguidi@gmail.com

(48) 9627-9666

Ocorrências devem aumentar na delegacia do Arroio neste verão

Ao contrário da tendência apontada no ano passado, que teve queda nas ocorrências, saída temporária dos presos e aumento populacional do Balneário devem provocar mais crimes no maior balneário do Vale.


Balneário Arroio do Silva – Um ano de muito trabalho e ação para combater o crime no Balneário Arroio do Silva – assim foi o ano de 2009 para a Polícia Civil do Arroio, que conseguiu diminuir a maioria dos índices de criminalidade com relação ao ano de 2008.


Em balanço de ocorrências feito especialmente para a reportagem do Correio do Sul, a responsável pela delegacia, Maria Eliane Figueiredo, mostra que na maior parte dos procedimentos, o ano passado foi mais tranquilo que 2008.

A abertura de inquéritos policiais – a maioria envolvendo violência doméstica, furto em residência e incêndios criminosos – somou 175 processos em 2008, contra 170 no ano passado. Embora exista uma diferença entre os dois anos, durante o auge da temporada – os meses de janeiro e fevereiro – ela praticamente inexistiu: foram 38 em 2008 contra 37 no ano passado. Já nos cinco primeiros dias desse ano, os IP’s somaram dois registros. Também os Termos Circunstanciados caíram de 2008 para 2009: 80 contra 72. As principais ações que justificam o TC foram a ameaça, a direção sem habilitação, porte de entorpecente, perturbação e evasão do local do acidente. Nos meses de janeiro e fevereiro de 2008, foram abertos 34 Termos Circunstanciados, enquanto no ano passado, foram 27. Nos cinco primeiros dias de 2010, apenas um TC foi aberto, por lesão corporal.


Queda no número de ocorrências em 2009 não deve se repetir em 2010, segundo perspectiva do delegado Jorge Giraldi e da PC Eliane Figueiredo.
Também os APF’s – Autos de Prisão em Flagrante diminuíram em 2009, com 45 flagrantes contra 46 em 2008. Mesmo assim, entre os meses de janeiro e fevereiro, os flagrantes somaram 17 no ano passado, contra 14 em 2008. Nos cinco primeiros dias de 2010, eles já somam cinco ocorrências, envolvendo três furtos, um roubo e um tráfico de drogas. Também os registros de ocorrência no ano passado foram menores que os de 2008, com 427 BOs registrados entre os dias 01 de janeiro a 28 de fevereiro, contra 554 registrados no mesmo período de 2008. Esse ano, até o dia 05 de janeiro, foram 66 ocorrências registradas, contra 40 nos mesmos cinco primeiros dias do ano passado.
Ao contrário dos outros registros, os Bocs – Boletim de Ocorrência Circunstanciado – quando envolve menores de idade – cresceram no ano passado: 24 em 2008 contra 29 em 2009. As principais ocorrências envolvem o furto e receptação, dirigir sem a CNH e a lesão corporal. Nesse ano, até o dia 05, nenhum BOC foi registrado.

Mais crimes de menor potencial ofensivo – Para o delegado Jorge Giraldi, que responde também pela delegacia do Arroio, a tendência é de crescimento esse ano nos registros de crime de menor potencial ofensivo. Para ele, o grande vilão dessa história é o grande número de liberações para a saída temporária dos presos que cumprem pena nas cadeias públicas e na penitenciária da região: “Não será um verão com crimes de natureza grave, mas em Araranguá e no Arroio os crimes menores devem aumentar, por causa de saídas temporárias em excesso. Infelizmente, isso vai crescer”, diz o delegado, que alerta a moradores e veranistas que tomem as medidas preventivas necessárias para evitar principalmente os furtos, que lideram o ranking de reclamações nas delegacias dos dois municípios.



Alta densidade populacional nos dias de verão é um dos motivos apontados por Eliane para a previsão de mais crimes de menor potencial ofensivo no Arroio neste 2010.


Para Eliane, além das saídas temporárias, outro fator colabora para o aumento de ocorrências registradas na delegacia durante a temporada: o aumento de cerca de 30% da população no Arroio, que ao mesmo tempo incrementa o comércio e abre portas para a ambição dos ladrões: “Será um verão de muito trabalho”, afirma a responsável pela delegacia, que diz que durante a Operação Verão, conta com um plantonista 24 horas por dia e mais uma equipe de cinco policiais que trabalham em escala de 12 horas cada um.

Pescadores de Caniço trabalham por regularização da associação

Reunião com Capitania dos Portos acontece neste mês, e representa grande passo para assinatura do TAC, que deve acontecer no final de fevereiro.
Araranguá – Os dias estão sendo contados com alegria para os cerca de 1,5 mil associados da APPA - Associação de Pescadores Profissionais e Amadores de Caniço do Rio Araranguá. Segundo o membro da diretoria e responsável pelas balsas instaladas em Rio dos Anjos, Arcângelo Nuernberg, no dia 15, a Associação estará reunida com a Capitania dos Portos, onde será definida a instalação de sinalizadores em cada um dos oito pontos onde estão instalados os cerca de 320 pesqueiros da associação.
Serão duas lâmpadas – uma no início e outra no final de cada um dos pontos, que dão abertura para a liberação das atividades da associação mediante a Capitania dos Portos. Após essa liberação, os resultados são encaminhados ao Patrimônio da União, na Capital do Estado, que deve liberar a lâmina d´água para que as atividades de pesca de caniço sejam regularizadas nos pontos de pesca.
Após a liberação por parte da Capitania dos Portos e Patrimônio da União, uma reunião entre a Associação de Pescadores de Caniço, Fatma – Fundação de Amparo e Tecnologia ao Meio Ambiente e Ministério Público deve acontecer, para a assinatura do TAC – Termo de Ajustamento de Conduta, onde serão definidas as regras e os compromissos da Associação com relação à defesa do meio ambiente nos locais onde os pesqueiros estão instalados. Paralelo a isso, uma audiência pública envolvendo os órgãos competentes - Fatma, Polícia Ambiental, Ibama, Capitania dos Portos, MP - e a comunidade deve acontecer para discutir problemas e soluções envolvendo a instalação das balsas. Segundo Arcângelo, todos os procedimentos envolvendo a Capitania dos Portos e Patrimônio da União vão estar concluídos até fevereiro deste ano, para dar espaço às decisões da audiência pública e das resoluções levantadas durante a assinatura do TAC, que provavelmente deve acontecer até meados desse ano.

Temporada conta com apenas um médico no plantão do HRA

Falta de plantonistas traz como consequência espera de horas por atendimento no maior hospital do Vale.

Região – Num momento em que as populações praticamente triplicam nas praias do Vale, um velho problema vem se estendendo – e se complicando ainda mais com a chegada dos turistas – no Hospital Regional de Araranguá.
Mesmo com uma demanda ainda maior durante o feriado de Reveillon, apenas um médico plantonista atendia a população no hospital neste sábado, 02. O resultado era muita gente esperando para ser atendido no pronto-socorro do HRA, com atendimentos que demoravam até duas horas para acontecer.
Antessala do HRA mantinha três pacientes desesperados por atendimento quando médico saiu para ir ao banheiro, e recebeu críticas.

A reportagem do Correio do Sul teve acesso a antessala do atendimento durante a noite e a madrugada de sábado para domingo, e percebeu de perto o sofrimento de alguns pacientes, como um rapaz, morador de Mato Alto, em Araranguá, que trazia muitos ferimentos pelo corpo em virtude de um acidente de moto. Ele estava deitado na maca por cerca de duas horas – tinha chegado por volta das 22h, e até a meia noite, ainda não tinha sequer sido medicado com algum remédio para dor: “Se pudesse levantar daqui, ia embora pra minha mãe cuidar de mim”, disse o rapaz desesperado, que foi atendido pelo único plantonista às 24h10. Próximos a ele, uma mulher que sentia fortes dores no peito e outro rapaz que também havia se acidentado de moto esperavam sentados pelo atendimento que não acontecia por mais de 1,5 hora.





Rapaz que sofreu acidente de moto passou duas horas na maca sem receber atendimento médico nem remédio para dor.

Alta demanda - O problema não é negado pela diretora do HRA, Rita Prêmoli, que diz que durante a temporada de verão, a demanda no atendimento de urgência e emergência aumenta em até 300%. Ela diz que o único médico de plantão atende o pronto-socorro e também os internados, quando necessário, o que provoca ainda mais demora no atendimento. Na noite em que o CS esteve no local, observou o médico sendo pressionado pela população, porque precisou ir ao banheiro. A situação é crítica também para os funcionários, que precisam administrar os nervos dos pacientes e familiares que ficam cansados com a demora no atendimento.
Rita diz que o projeto de transformar o HRA em hospital universitário, promessa feita pela Unesc desde o início da administração do hospital pela entidade, há cerca de 15 anos, e reforçado por representantes da universidade durante a coletiva de imprensa que lançou o Projeto Prosperidade Sul Catarinense na 22ª SDR, no dia 18 de julho do ano passado, não se tornou realidade porque ainda não foi lançada a licitação prometida pelo Estado para decidir quem deve administrar o HRA. A promessa do edital já transpassa mais de um ano sem resultados. A reportagem do Correio do Sul procurou pela Secretária de Saúde do Estado, Carmen Zanotto, através de sua assessoria de imprensa, para buscar informações sobre a abertura do processo de licitação, mas até o fechamento desta edição, o contato não foi retornado.
Soluções – Para Rita, a solução do impasse, além da licitação para definir o administrador e propiciar o andamento de projetos como o hospital escola, seria a conscientização de municípios e população sobre a verdadeira vocação do pronto socorro do HRA: o atendimento exclusivo dos casos de urgência e emergência. Segundo ela, soluções como a que está sendo planejada pela Secretaria Municipal de Saúde de Araranguá para a implantação de Unidades de Pronto Atendimento devem desafogar a demanda no hospital em até 70%. Outra solução mais urgente seria a cessão de médicos dos municípios para atendimento na unidade hospitalar, o que segundo Rita, foi pedido, mas não concedido.


UPA – A secretária de Saúde de Araranguá, Evelyn Elias, diz que estudos comprovam que 50% a 60% dos casos atendidos pelo HRA não se enquadram nos quadros de urgência e emergência. Ela admite que os municípios têm responsabilidade em atender suas demandas de saúde, e diz que o município tem trabalhado para minimizar os problemas no HRA. Uma das soluções é a implantação do atendimento nas unidades de saúde, que ampliaram horários e número de médicos e especialistas. Já o projeto de instalação das Unidades de Pronto Atendimento pretende desafogar o atendimento no pronto socorro do HRA em até 70%. O problema é que isso vai demorar, já que a licitação para a realização dos projetos arquitetônicos, hidráulico e elétrico foi aberta no final de 2009, e a expectativa é que a obra de 700m2 avaliada em R$ 1.050 milhão deve ser inaugurada apenas em outubro desse ano. Enquanto isso, o próprio hospital e a população precisam ser pacientes para suportar a demanda e a demora no atendimento, que continuará contando com apenas um médico no plantão do pronto socorro do HRA.

Polícia investiga eleitores de Araranguá que votaram em Ermo

Inquérito policial foi aberto a pedido do Ministério Público, e busca provas para crimes de falsidade ideológica e inscrição fraudulenta praticados por dezenas de moradores de Araranguá.

Araranguá/Ermo – A pedido do Ministério Público, a Polícia Civil de Araranguá investiga denúncias de crimes eleitorais envolvendo dezenas de eleitores das localidades de Soares e Morro do Soares, em Araranguá, que votaram nas eleições para prefeito no município vizinho, em Ermo. Segundo o responsável pela 1ª DP e pelas investigações, o delegado Diego Archer de Haro, na Comarca, esse tipo de crime é bastante corrente, mas a situação dos moradores do Soares chama a atenção pela grande quantidade de eleitores que supostamente usaram de má fé para votar no município vizinho: “Temos casos de moradores de Araranguá que disseram morar em Arroio do Silva e Maracajá e acabaram votando nesses municípios menores também, mas esse caso, onde dezenas votaram no Ermo, é mesmo peculiar”, disse o delegado, que afirma ter assumido as investigações em março do ano passado, quando assumiu a delegacia, mas que o caso está sendo investigado desde o ano de 2008.




Delegado afirma que esse tipo de crime é comum na região, mas que situação em Ermo chama a atenção pela grande quantidade de eleitores envolvidos.

Haro diz que o inquérito é bastante complexo, e que há indícios de que os crimes de inscrição fraudulenta (neste caso, quando o morador afirma que mora em Ermo, e na verdade mora em Araranguá) e falsidade ideológica (também nesse caso, quando um morador de Ermo confirma que o outro eleitor realmente mora em sua casa, quando isso não é verdade) realmente tenham acontecido. Segundo o delegado, a investigação não tem nenhuma relação com denúncia de compra de votos, e a maioria dos eleitores que praticou o ilícito eleitoral afirma que o fizeram por estarem sendo atendidos em suas necessidades – como escola, saúde, transporte escolar – pelo município de Ermo, e não por Araranguá. Para comprovar os crimes, o delegado checou contas de luz, carnês de IPTU, registros de propriedades em cartório e até mesmo convocou as prefeituras para esclarecer questões de limites territoriais. A conclusão do Inquérito deve acontecer em até três meses, quando o delegado decide se indicia os eleitores envolvidos. Depois disso, ele encaminha as conclusões para o Promotor, que decide se formaliza ou não a denúncia. Caso sejam comprovadas as fraudes, os eleitores bem como os moradores que prestaram falsidade ideológica responderão pelo crime na Justiça, e podem pegar até cinco anos de reclusão.




Presidente da Associação de Moradores de Soares diz que atitude prejudica a vinda de benefícios ao bairro araranguaense.


Para a presidente da Associação de Moradores do Soares, Maria da Silva dos Santos, o problema complica a situação do bairro onde mora, já que os eleitores que transferem os votos para Ermo prejudicam o repasse de verbas e a implantação de obras no bairro por parte da prefeitura, que conhece a situação, e por isso, dificulta os repasses: “Eles não percebem que ao votar lá, deixam de trazer benefícios para o bairro”, reclama a presidente da associação. Para ela, é muito bom que o Ministério Público e a Polícia Civil investiguem a situação, para que as fraudes não aconteçam nas próximas eleições: “Quem mora em Araranguá, deve votar em Araranguá. Assim é o certo, e é assim que tem que ser”, finaliza.