
CS – Como o Estado tem trabalhado a questão da pessoa com deficiência?
RTJV – A preocupação em Santa Catarina é evidenciada, somos o Estado mais avançado nesta questão, ano que vem, completamos 40 anos de fundação das Apaes – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, que hoje somam 192 no Estado. Temos nove centros de reabilitação, e direcionamos a aprendizagem com a preparação para o mercado de trabalho.
CS – E a política de inclusão, como tem evoluído?
RTJV – Está acontecendo em todos os lugares, com algumas resistências em algumas comunidades. Temos trabalhado no sentido de conscientizar a população, com ajuda dos pais, alunos e dos professores, que são os principais elos de ligação entre o quer temos hoje e onde queremos chegar. Neste processo que envolve a inter-ligação entre o ensino regular e a educação especial, as Secretarias de Desenvolvimento Regional tem tido papel importante nesta caminhada, que hoje está favorecida. Todas as escolas reformadas estão trazendo condições de acessibilidade, estamos fazendo parcerias com empresas e instituições para o mercado de trabalho, investindo na conscientização permanente.
CS – E o professor, está preparado para esta nova responsabilidade?
RTJV – A capacitação dos professores é uma das funções da Fundação, que termina a elaboração do calendário de capacitação. As inscrições para os cursos iniciaram em julho. É uma preocupação do governo e da Fundação, essa evidência da inclusão é ainda muito recente, um caminho que precisa de estratégias, estamos nos empenhando nessa missão.
CS – O preconceito dificulta muito?
RTJV – A palavra preconceito é muito pesada, nosso trabalho é elucidar, falar sobre a importância da inclusão, capacitar, abrir a mente das pessoas para tornar mais fácil a percepção do que é a pessoa com necessidades e sobre seu direito em exercer a cidadania. O que chamamos de preconceito pode ocorrer por falta de esclarecimento. A superação pede um trabalho de inovação, e o que é novo gera resistência na maioria das pessoas. É um desafio, quer deve ser superado.
Rosane acredita que preconceito é falta de informação, e um desafio que deve ser superado
CS – Esta é a Semana Nacional do Excepcional. Qual sua mensagem?
RTJV – É uma mensagem de esperança, de fé, É cada vez maior a ação das pessoas envolvidas, que investem com garra, doação e perseverança na inclusão da pessoa com deficiência, que mostra a todos nós que a vida é feita de desafios que precisamos superar a cada dia.
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