
Arroio do Silva – A dona de casa Sônia Vargas, 29, está desesperada: se não fizer uma cirurgia para corrigir o pterígio no olho esquerdo e fazer o transplante conjuntival, ela pode até ficar cega. Para a mulher, que tem apenas 30% da visão no olho direito, a solução seria a cirurgia, que não é coberta pelo SUS – Sistema Único de Saúde, e custa R$ 680. Por intermédio da Secretaria de Saúde do Balneário, ela conseguiu um desconto, e o trabalho sairia por R$ 544. A mãe de três filhos pequenos e moradora da Cohab diz que mesmo com a ajuda da Secretaria, não tem como conseguir o dinheiro, e o problema na vista vem se agravando. Ela tenta corrigir desde janeiro, mas já desmarcou a cirurgia por cinco vezes, já que não tem dinheiro para pagar.
Para ajudar o marido, que é servente de pedreiro, a mulher costumava fazer e vender peças de tricô, mas devido ao problema, não consegue mais trabalhar. Ela também não sai mais à noite, porque não consegue enxergar o caminho.
Doença traz dificuldades para cuidar dos filhos, que sofrem com o problema da mãe
Para piorar a situação, também não consegue vaga na creche para o filho menor, de quatro anos, que tem dificuldades de cuidar. Ela diz que a carne esponjosa que cresce nos dois olhos incomoda, dá tontura e dores de cabeça. Como solução provisória, usa um óculos de grau, dado por uma amiga, mas que não possui a lente adaptada para as suas necessidades: “Não é o certo, mas pelo menos alivia um pouco”, diz. Após a cirurgia – o médico optou em operar o olho esquerdo, já que o direito já está perdido – ela ainda terá que fazer um exame para avaliar os graus que deverá usar nos óculos.
Carne esponjosa está prejudicando a visão da mulher, que precisa de ajuda
Ela diz que chamou a reportagem do Jornal Correio do Sul porque não sabe mais o que fazer: “Já tentei rifa, vender os meus tricôs, pedir ajuda na secretaria, mas ninguém resolve nada. Estou desesperada, não quero nem posso ficar cega nessa altura da vida”, desabafa. As crianças confirmam as dificuldades da mãe: “Tem dias que ela chora de dor, e diz que não enxerga nada. A gente fica triste”, diz o mais velho, de seis anos. Interessados em ajudar podem procurar pela Sônia na Cohab do Arroio, ou pelo fone de recado (48) 3526-2669.
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