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sábado, 15 de maio de 2010

Rio continuou subindo durante esta madrugada

Segundo o coordenador da Defesa Civil de Araranguá, Ernani Palma Ribeiro, fenômeno acontece 18 horas após chuvas na serra.
Região – Continua crítica a situação dos municípios do Vale que mais uma vez foram atingidos pelas enchentes na região, que no dia de hoje, contabiliza dez cidades atingidas: Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Ermo, Maracajá, Meleiro (em situação de emergência), Morro Grande, Passo de Torres, Timbé do Sul e Turvo. Segundo dados da Defesa Civil Estadual, das 257.768 pessoas afetadas pelas chuvas e vendaval em Santa Catarina, pelo menos 29.248 são moradores das cidades atingidas no Vale do Araranguá.


Situação do rio assusta moradores das áreas atingidas, que saem das casas para salvar as próprias vidas.



Em muitas escolas, como as que funcionam nas comunidades de Itoupaba e Distrito de Hercílio Luz e Unisul, em Araranguá, Boa Vistinha, em Turvo, Barra do Cedro e Jacaré, em Meleiro, Rio do Meio, em Morro Grande, Taquarussu, em Ermo, e mais 11 comunidades em Timbé do Sul, as aulas foram suspensas. Em Araranguá, o rio começou a subir por volta das 2h da madrugada desta quinta-feira (13), obrigando muitas famílias a pedir socorro para a Defesa Civil, que usou cinco caminhões para levar famílias e seus pertences aos abrigos, localizados no salão paroquial da igreja matriz, no centro, e para a Associação de Moradores da Barranca.

Maracajá levou um susto durante a madrugada de ontem, quando também a cidade foi atingida pela enchente. A água invadiu as principais ruas da cidade, incluindo a avenida Getúlio Vargas, onde se situa o prédio da prefeitura. O transbordamento do rio Mãe Luzia provocou transbordamento na lavoura e também na BR 101. Os 20 desabrigados estão sendo recebidos no Centro Comunitário da Vila Beatriz, único bairro da cidade que não foi atingido.

Com a subida das águas do rio Araranguá – cujo fenômeno continuou acontecendo durante toda esta madrugada de sexta (14), as pistas da rodovia BR 101 foram invadidas por uma lâmina d´água que em alguns trechos chegou a passar de um metro de altura. Segundo o Corpo de Bombeiros de Araranguá, que ontem trabalhava junto com os técnicos da Celesc no desligamento da energia elétrica nos bairros afetados, na maior parte da rodovia, a lâmina d´água continha de 0,50 a 0,60 centímetros.



Nível do rio Araranguá deve continuar subindo até hoje a tarde. Fenômeno acontece 18 horas após queda das chuvas na serra, que demoram este tempo para chegar ao oceano.



Barranca está mais uma vez debaixo dágua, obrigando moradores a sairem de suas casas.




BR 101 está interditada para veículos pequenos. Trânsito de caminhões acontece sob a coordenação da Polícia Rodoviária Federal.


Segundo o Chefe da Defesa Civil de Araranguá, Ernani Palma Ribeiro, o comportamento do rio assustou da madrugada até por volta das 17h desta quinta-feira: “Cresceu muito rápido, tivemos momentos em que o rio subia sete centímetros em uma hora. Depois, às 17h, ele passou a subir um centímetro por hora, e deve continuar subindo ainda até hoje a tarde”, alerta. Para se ter uma ideia, às 8h de ontem, o rio estava em 2,80 m acima do nível normal. Às 17h15, ele atingia 3,18 m. Ernani diz que duas condições do tempo colaboram para que as águas do rio Araranguá escoem mais rapidamente: a ressaca que atingia o oceano e a precipitação cederam, e com isso, os riscos de uma enchente maior, como aconteceu em janeiro de 2009, são descartados: “Desta vez, o nível do rio não passa dos 3,30m, ao contrário do que aconteceu em janeiro de 2009, quando ele chegou a 4,33 m”, explica Ernani, que diz na cidade de Araranguá, além dos bairros Barranca, Baixadinha e Volta Curta, a Beira Rio foi interditada e há acúmulo na pista da avenida XV de novembro. Para ele, até amanhã a tarde, as águas do rio Araranguá devem chegar a 2,20 m, quando algumas famílias poderão começar a voltar para as casas.
 


MAPA DA CHUVA NO VALE:

Araranguá

1,5 mil pessoas afetadas

82 famílias em abrigos

30 a 50 famílias desalojadas

251 desabrigados



Balneário Arroio do Silva

Mil pessoas afetadas

10 pessoas desalojadas



Balneário Gaivota

2.860 pessoas afetadas



Ermo

20 pessoas afetadas

20 pessoas desalojadas



Maracajá

1,5 mil pessoas afetadas

15 pessoas em abrigos

20 pessoas desalojadas



Meleiro (situação de emergência)

4.010 pessoas afetadas

100 pessoas desabrigadas



Passo de Torres

6.814 pessoas afetadas



Timbé do Sul

3.544 pessoas afetadas



Turvo

8 mil pessoas afetadas

Cinco pessoas desabrigadas

60 pessoas desalojadas

Duas pessoas feridas

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