
Região – As chuvas que caíram durante a sexta-feira, Dia dos Finados, diminuíram o movimento nos cemitérios da região. Mesmo assim, no mais visitados deles, o cemitério municipal da Urussanguinha, em Araranguá, muitas famílias participaram dos rituais de homenagem aos mortos, portando algo além de flores e velas – os guarda-chuvas e capas de proteção foram os principais acessórios encontrados.
“Sempre chove no feriado, por isso preferi vir depois”, diz a moradora de Florianópolis, Maria Salete Guidi Peplau, 62, que optou pelo sábado para levar flores e fazer orações ao marido falecido há 15 anos. No mesmo jazigo da família, na Sapiranga, repousam o sogro e a sogra da mulher, que não tem uma abordagem convencional da data: “Vejo o túmulo apenas como o local onde estão os ossos. Pra mim, todos eles continuam vivos na minha memória, e por isso, as homenagens acontecem todos os dias”, reflete.
Para a mãe dela, Benta Guidi, 88, a lembrança dos finados é sempre chuvosa e fria. Ela enterrou o marido no cemitério da Urussanguinha, e foi também no sábado prestar as homenagens: “É importante homenagear os mortos”, opina. Entre as lápides que visitava, ela ia reconhecendo o nome de amigos que se foram: “Assim é a vida”, ensina. Para ela, o mais importante é ter uma vida regrada: “Para que na morte as lembranças sejam sempre boas”, finaliza.
Chove sempre? Não é verdade que no Dia de Finados sempre chove. No ano passado, por exemplo, não choveu na região. Neste ano, apenas na região do Nordeste brasileiro, o tempo não trouxe chuvas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário