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quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Conquista - Araranguá retoma ginásio do Bolha

Depois de anos na Justiça, prefeitura consegue recuperar imóvel e se prepara para a reforma.

Araranguá – Depois de uma longa trajetória na Justiça, a prefeitura de Araranguá conseguiu retomar o Ginásio Municipal João Mário Canella, o Bolha, invadido pelo casal A.D.L e L.C.J. desde o início dos anos 2000.

Segundo o procurador da Dívida Ativa da prefeitura, Robson Adriano da Silva, a administração municipal identificou a invasão ainda no início do mandato do prefeito Mariano Mazzucco, no início de 2005. Desde então, várias tentativas de acordo para a desocupação foram feitas, sem resultado. Em outubro do mesmo ano, a prefeitura entrou com uma ação de reintegração de posse, já que o local era usado como residência, e o casal explorava a quadra e o bar em benefício próprio. Além disso, a água era paga pela prefeitura. Em novembro daquele ano, o juiz da 2ª Vara, Pedro Aujor Furtado Júnior, consolidou um acordo entre as partes, que regularizava o prazo de 160 dias para a família desocupar o imóvel: “O prazo era até maio de 2006, e não foi cumprido. Em junho do mesmo ano, entramos com um pedido de cumprimento da sentença. Precisamos de força policial, mas enfim a família se retirou, em agosto deste ano”, explica o procurador.

Reforma – Com a saída da família invasora, a prefeitura pôde ter uma idéia do estrago do local: muitas goteiras no teto, piso mal colocado, com pregos, que impossibilitam a prática de esportes, banheiros necessitando manutenção. O prefeito Mariano Mazzuco não contou tempo: encaminhou ao departamento de engenharia da prefeitura a ordem para o projeto de reforma, e agora, a quadra foi retirada para rápida substituição: “Autorizei que o local fosse cuidado, com a reforma, mesmo que básica, para que o ginásio fique em condições de uso”, diz. Segundo o prefeito, a população ganha com a recuperação do único ginásio municipal da cidade: “Este ano ainda, tivemos dificuldades para conseguir o espaço para as competições dos campeonatos municipais. Trocamos de local na última hora. Com o Bolha recuperado, este problema não deve mais acontecer”, garante. Para ele, a recuperação do ginásio é muito importante: “Precisamos oferecer à nossa juventude opções agradáveis de ocupação. Neste sentido, o esporte desenvolve aptidões do jovem atleta, que desenvolve aptidões e o senso do trabalho em equipe. Quanto mais ginásios e quadras de esportes no município, melhor”, afirma.

Comemoração – Também para os atletas, a recuperação do Bolha é motivo de comemoração: “É uma reconquista a ser celebrada, já que somos carentes em espaços físicos para a prática de esportes”, garante o coordenador do Projeto na Escola, Paulo Dias, 44. Para o atleta, que participou de muitos jogos no local, na década de 90, a reabertura do Bolha para o público representa possibilidades. O professor, que coordena 500 alunos de sete escolas municipais no projeto voltado para o esporte, está animado: “Depois da reforma, teremos condições trabalhar diversas modalidades, já que a quadra é polivalente”, garante. O prefeito confirma: “Com certeza, o Bolha será usado pelas crianças do Esporte na Escola, e pela comunidade em geral”, finaliza.

Incêndio - Duas estufas queimam no feriado



Numa delas, família de agricultores lamenta a perda da produção do fumo. Temporada é marcada por até cinco incêndios em estufas por dia.



Araranguá – Com a abertura do período de secagem das folhas do fumo, aumenta o número de incêndios em estufas na região.

Para o pequeno agricultor – que somam a maioria no Vale – a perda de uma colheita pode significar dificuldades por um longo período.

Assim será para a família dos agricultores Pedro Jesuíno da Silva, 54 e Odete Pereira da Silva, 53, que há 29 anos plantam fumo na pequena propriedade no bairro Polícia Rodoviária. Eles perderam 650 varas de fumo – que correspondem a 50 arrobas – durante um incêndio na estufa onde o produto secava: “Não sei o que aconteceu, os canos e funis tavam bons. É uma pena”, lamentou a mulher, que pela primeira vez teve uma estufa queimada. “Tem um seguro, mas é pouca coisa”, conta o agricultor, que calculou o prejuízo em R$ 4 mil. Mesmo com o susto, o casal pretende continuar com a plantação de fumo: “É a única lavoura que dá alguma coisa, mas dá muito trabalho e despesa”, diz o homem, que deve alugar um galpão para secar as próximas colheitas, que devem somar ainda mais dez estufadas de fumo.



Para conter o incêndio, Bombeiros gastaram mais e três mil litros de água. A fumaça da queima chegou a invadir a pista na BR 101, mas foi rapidamente dissipada.

Durante o feriado, um outro agricultor, desta vez do bairro Sanga da Toca, teve a estufa de fumo completamente destruída. Também neste caso, os homens do Corpo de Bombeiro de Araranguá gastaram três mil litros de água para conter as chamas.

Segundo o Soldado Bombeiro Nilton, que já trabalhou numa empresa que recebe o fumo, os incêndios nesta época acontecem por causa do período de cura: “A folha cai em cima do duto que dissipa o calor, e produz o incêndio”. A temporada está apenas começando. Segundo o Corpo de Bombeiros, no ano passado, durante os meses de novembro e dezembro, chegaram a acontecer até cinco incêndios em estufas de fumo por dia.

Mobilização - Escolas públicas participam de gincana ecológica

Objetivo é colher material reciclado, para reverter em benefício de duas creches da cidade.

Araranguá – Escolas públicas municipais e estaduais participam durante esta semana da 1ª Gincana Solidária Yamaha. Segundo o idealizador do evento, Jairo Gomes, 43, a idéia é reunir consciência ecológica e solidariedade entre os alunos da rede, e converter em doações para as creches Ninho do Amor Perfeito, da Aprosa – Associação de Senhoras de Araranguá e Cantinho do Amor 2, mantido pela Associação de Moradores da Vila São José.

Com a parceria de comerciantes do Calçadão e da CDL, a gincana vai premiar as escolas cuja arrecadação de garrafas plásticas e latas for maior: “O material será pesado, e em seguida vendido, para a compra dos produtos de necessidades básicas das creches”, explica o organizador. A idéia agradou direção e alunos das EBM Nova Divinéia, EBB Dolvina Leite de Medeiros, EBB Castro Alves, EBM João Mathias e Caic, que já confirmaram presença. Segundo a organização, mais escolas devem aderir à gincana durante esta semana.



Idealizador diz que ação está atraindo os alunos, que aderiram à campanha


A coleta dos materiais acontece até às 17h do dia 09, próxima sexta. No dia 10, acontece a cerimônia de premiação, junto com o Dia +, da CDL, que ocorre no segundo sábado de todo mês. Além da premiação às escolas vencedoras, haverá sorteio de brindes aos alunos participantes. Entre os presentes, vale-compras, roupas e brinquedos, doados pelos lojistas do Calçadão. Maiores informações pelos fones (48) 3524-4768 ou (48) 9985-1087.

Finados - Chuva atrapalha movimento nos cemitérios

Tempo fechado fez com que muita gente deixasse para prestar homenagens aos mortos no sábado, quando a chuva parou de cair.

Região – As chuvas que caíram durante a sexta-feira, Dia dos Finados, diminuíram o movimento nos cemitérios da região. Mesmo assim, no mais visitados deles, o cemitério municipal da Urussanguinha, em Araranguá, muitas famílias participaram dos rituais de homenagem aos mortos, portando algo além de flores e velas – os guarda-chuvas e capas de proteção foram os principais acessórios encontrados.

“Sempre chove no feriado, por isso preferi vir depois”, diz a moradora de Florianópolis, Maria Salete Guidi Peplau, 62, que optou pelo sábado para levar flores e fazer orações ao marido falecido há 15 anos. No mesmo jazigo da família, na Sapiranga, repousam o sogro e a sogra da mulher, que não tem uma abordagem convencional da data: “Vejo o túmulo apenas como o local onde estão os ossos. Pra mim, todos eles continuam vivos na minha memória, e por isso, as homenagens acontecem todos os dias”, reflete.

Para a mãe dela, Benta Guidi, 88, a lembrança dos finados é sempre chuvosa e fria. Ela enterrou o marido no cemitério da Urussanguinha, e foi também no sábado prestar as homenagens: “É importante homenagear os mortos”, opina. Entre as lápides que visitava, ela ia reconhecendo o nome de amigos que se foram: “Assim é a vida”, ensina. Para ela, o mais importante é ter uma vida regrada: “Para que na morte as lembranças sejam sempre boas”, finaliza.

Chove sempre? Não é verdade que no Dia de Finados sempre chove. No ano passado, por exemplo, não choveu na região. Neste ano, apenas na região do Nordeste brasileiro, o tempo não trouxe chuvas.

Segundo os climatologistas, a coincidência pode ter uma explicação: novembro é tempo de chuvas no Brasil. Por isso, a maioria pensa que chove sempre nos Finados.