Está procurando algo?

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Crime - Homem tenta matar concorrente com uma adaga

Tentativa de homicídio aconteceu ontem, no final da tarde. Vítima está no hospital, e não corre risco de morte.

Araranguá – Uma antiga desavença entre dois proprietários de bares geminados que funcionam há mais de dez anos resultou numa tentativa de homicídio no final da tarde de ontem, no bairro Barranca.

Tudo começou quando o proprietário do bar Figueira, Bruno Maciel, 48, resolveu ir até o bar de Itamar Antônio Espíndola, 45, o Alemão, segundo ele, para fazer amizade: “Eu pedi cerveja, ele não me serviu. Aí eu enfiei uma adaga nele”, conta o autor, que consentiu em falar com a reportagem do Correio do Sul na Central de Polícia. A cena foi testemunhada pelo pedreiro V.S., 40, que conta: “Saí do trabalho, fui no mercado e recém tinha chegado no bar, quando tudo aconteceu. Ele pediu a cerveja, o Alemão não serviu. Aí eles discutiram, o Alemão no balcão. O Bruno esfaqueou ele por fora do balcão”, descreve.

Chão do bar ficou molhado do sangue da vítima, que trabalhava no momento do crime

A adaga de cerca de 40 cm entrou no peito da vítima, que foi socorrido e encaminhado ao Hospital Regional de Araranguá. O estado é estável e não corre risco de morte. Segundo o delegado Jorge Giraldi, o autor foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio e deve aguardar decisão judicial no Presídio Regional de Araranguá.
Adaga de cerca de 40 cm acertou o peito de Alemão, que não corre risco de morte

Desavença - Estudante leva três tiros e duas facadas do amigo





Testemunhas afirmam que autor teria almoçado com o morto naquele dia. Crime apresenta duas versões.

Araranguá – Uma antiga amizade terminou ontem, após uma desavença que provocou a morte de Matias de Souza Jesus, 19, após uma discussão na Vila Batista, onde morava. Tião, como era conhecido, levou cinco tiros disparados pela arma empunhada pelo amigo, o pintor Jairo Teixeira, 24, com quem conversava tranquilamente poucos minutos antes do incidente. Dos cinco tiros, dois projéteis atingiram as costas e uma bala transfixou o braço direito da vítima.

Há duas versões para o crime. Na primeira delas, Jairo teria atirado no amigo porque ele teria tentado agarrar a filha de seis anos do acusado. A outra versão diz que os dois brincavam com a criança, quando Jairo entrou em casa, e sem motivo algum, voltou da residência já com a arma em punho e atirou contra o amigo.

Com os disparos, a vítima foi encaminhada ao Hospital Regional de Araranguá, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Segundo o delegado Jorge Giraldi, tanto a vítima quanto o autor teriam passagens pela Polícia: “A vítima já foi presa por porte de arma e violência doméstica, e o autor já cumpriu pena por tráfico de drogas”, conta. Apesar do trabalho de investigação da Central de Polícia, até o fechamento desta edição, o autor continua foragido.

Utilidade - Delegacia da Mulher presta atendimento psicológico

Em quase um mês de prestação do serviço, psicóloga trabalha em 12 casos, cinco dos quais já foram resolvidos. Visitas domiciliares fazem parte do projeto que visa resolver conflitos dentro das famílias.

Araranguá – Ao procurar a delegacia, muitas mulheres vítimas de violência doméstica buscam mais do que a intervenção policial: elas pedem ajuda psicológica, e querem uma intervenção no sentido de conciliar para resolver o problema. Pensando nisso, a delegada Eliane Viegas, responsável pela Delegacia da Mulher, em Araranguá, aprovou o projeto apresentado pela investigadora policial e psicóloga Selma Dagostim, que visa trabalhar as famílias envolvidas em problemas de violência doméstica no município. Apesar do pouco tempo, a idéia já mostra estar dando certo: em menos de um mês de atuação, o serviço trabalha 12 casos, sendo que cinco já tiveram um desfecho: “Cada um compreendeu o seu papel no conflito. Dentre os casais, três separaram e dois decidiram permanecer juntos”, conta a psicóloga.

Além das consultas na sala especialmente preparada na Delegacia da Mulher, a psicóloga também presta atendimento domiciliar, em casos de famílias que não podem ou resistem ao tratamento familiar: “Os homens são mais resistentes, inclusive na decisão sobre uma possível separação. Por isso, muitas vezes transferimos o consultório para a sala de visitas da família”, justifica.

Serviço é gratuito, e pode ser feito na casa das famílias vítimas de violência doméstica


Apesar da resistência, os homens também procuram o serviço. Na última semana, foram dois casos: num deles, a mulher abandonou a casa, e no outro, a esposa deu uma surra no marido: “Neste ou em outros casos, o agressor também é encaminhado a tratamento. O que estamos fazendo aqui é uma adequação à Lei, que prevê assistência a essas famílias”, diz.

Para a delegada Eliane Viegas, a idéia está dando tão certo que já está em fase de elaboração um projeto que pretende integralizar as ações do consultório psicológico da DM com outras instituições e entidades que trabalham com o assunto: “O trabalho da polícia não pode se resumir às prisões, a prevenção também é essencial. Somos humanos, precisamos estimular a harmonia nas relações humanas. A solução é a rede de atendimentos, porque nada funciona de maneira isolada”, argumenta.

Para receber a assistência, a mulher agredida ou qualquer membro da família pode procurar a Delegacia da Mulher. Não é necessário registrar a ocorrência. A consulta ou a solicitação da visita domiciliar pode ser agendada na sede da DM de Araranguá, na rua Regimento Barriga Verde, 800, em prédio anexo à Delegacia Regional. Maiores informações pelo fone (48) 3524-0303 ramal 230.

Feliz Natal - Internos da Semiliberdade constroem Presépio

Eles utilizaram materiais encontrados no terreno, e embelezaram a Casa
para o Natal.


Araranguá – A Casa de Semiliberdade Arte e Vida, destinada a receber
menores infratores, está toda enfeitada para o Natal. Os ornamentos,
feitos em sua maioria com materiais encontrados no pátio da
instituição – como galhos de árvores, folhas e flores secas, barbas de
velho e outras especialidades da natureza – foram elaborados
integralmente pelos seis jovens que hoje freqüentam a Casa, com a
ajuda dos educadores sociais. Com esses materiais, os meninos
conseguiram construir o Presépio, onde um menino Jesus dorme tranquilo
no berço de palha, assitido por uma Maria de trajes simples, ladeada
pelos tradicionais personagens da tradição católica.

Para a maioria dos menores, o ato de enfeitar o lugar onde vivem para
comemorar o Natal foi uma experiência inédita: "Eu nunca fiz um
Presépio desses em casa, foi bom.Agora, sim, dá vontade de cuidar das
coisas da gente", conta J.A., 15, na Casa há três meses.

O colega A.F., 14, concorda. Para ele, a experiência foi muito boa:
"Aproveitamos tudo o que tinha no terreno, o grupo decidiu assim, e
também fomos nós quem buscamos o material, cortamos os coqueiros e
preparamos os enfeites", conta. Há 2,5 meses na Casa, ele diz que vai
sair diferente: "A gente sai daqui pensando em ajudar a família e
ficar ao lado de quem a gente gosta", diz. Ele não deixa de aproveitar
a presença da reportagem do Correio do Sul para mandar um recado para
a namorada F., de 12 anos: "Quero que ela tenha um Feliz Natal, e que
saiba que vou sair daqui pra ser um cara melhor", promete.

Para a coordenadora da Casa, Vera Screminn, a empolgação dos meninos
têm razão de ser: "Aqui eles conhecem regras, e passam a ter mais
compromisso com suas atitudes", diz. Os finais de semana são vazios na
Casa, que já encaminha os menores para passar os dois dias com as
famílias, que também recebem atendimento psico-social. Desde o início
das atividades da Casa, em setembro deste ano, nenhum jovem infrator
internado voltou para a instituição após o cumprimento da medida
sócio-educativa.

A programação de Natal será intensa na Casa, com a festa natalina
entre os seis internos, funcionários e famílias. Além do amigo secreto
e da ceia de Natal, eles participarão de uma celebração ecumênica para
comemorar o nascimento de Jesus. Também está sendo pleiteado junto ao
juiz responsável a possibilidade dos menores passarem Natal e
Reveillon nas casas das famílias. Já para a temporada de férias e de
verão, a Casa deve funcionar normalmente, com escalas de plantão e
atendimento.